Alerta da The Lancet: O guia para identificar os alimentos ultraprocessados

Recentemente, a prestigiosa revista científica *The Lancet* soou um alarme global, conectando diretamente o consumo crescente desses produtos a um aumento assustador nos índices de obesidade e doenças crônicas.

A notícia é preocupante, mas gera uma dúvida ainda maior: no meio de tantas embalagens coloridas e promessas de “saudável”, como realmente sabemos o que é um ultraprocessado?

É frustrante tentar fazer escolhas melhores e se sentir perdido no corredor do supermercado. A boa notícia é que existe um método simples. Este guia não vai apenas te dar uma lista, mas vai te ajudar a decodificar os rótulos.

O que são, afinal, os alimentos ultraprocessados?

Pense no ultraprocessado como um “produto alimentício” e não como comida de verdade. Diferente dos alimentos *in natura* (frutas, legumes) ou dos minimamente processados (arroz, feijão), os ultraprocessados são formulações industriais complexas.

Eles geralmente contêm uma longa lista de ingredientes que você não encontraria na sua cozinha, como corantes, aromatizantes, emulsificantes e conservantes. O objetivo principal deles não é nutrir, mas sim criar um produto hiperpalatável (impossível de comer um só, te lembra alguma coisa?), de longa duração e baixo custo de produção.

O veredito da ciência: Por que *The Lancet* está preocupada?

O estudo publicado na The Lancet não é o primeiro, mas é um dos mais contundentes. A ciência mostra que o alto consumo desses produtos está associado a:

  • Maior risco de obesidade: Pela alta densidade calórica e baixo poder de saciedade.
  • Doenças cardiovasculares: Devido às gorduras trans, sódio e açúcares em excesso.
  • Diabetes tipo 2: Pelo impacto direto no metabolismo da glicose.
  • Até mesmo alguns tipos de câncer.

A conclusão é clara: reduzir o consumo não é mais uma questão de estética, é uma necessidade urgente de saúde pública.

Seu guia prático: traduzindo rótulos

Esqueça a necessidade de decorar nomes químicos. A chave para identificar um ultraprocessado está em fazer as perguntas certas ao olhar para a lista de ingredientes. Vamos chamar de “Regra dos 3 ‘Porquês'”.

A regra dos 3 “Porquês”

Ao pegar um produto, leia a lista de ingredientes e pergunte-se:

1-“Eu reconheço todos estes ingredientes?”

Se a lista contém nomes como “xarope de milho de alta frutose”, “glutamato monossódico” ou “gordura vegetal hidrogenada”, é um grande sinal de alerta.*

2-“Eu usaria estes ingredientes na minha cozinha?”

Você tem “dióxido de titânio” ou “carboximetilcelulose” na sua despensa? Provavelmente não. Se os ingredientes são estranhos à culinária caseira, desconfie.*

3-“A lista de ingredientes é maior que 5 itens?”

Esta não é uma regra de ferro, mas é um excelente guia. Produtos com listas de ingredientes enormes raramente são apenas “comida”. Geralmente, são um coquetel de aditivos para criar sabor, textura e durabilidade artificiais.

Um pequeno passo com grande impacto

Identificar e reduzir os ultraprocessados não significa adotar uma dieta perfeita da noite para o dia. Significa tomar o poder de volta.

Comece com um produto. Na sua próxima compra, pegue aquele biscoito “integral” ou o peito de peru fatiado e aplique a Regra dos 3 “Porquês”. O que você descobre pode te chocar, mas também te libertar.

Cada escolha consciente é uma vitória para a sua saúde a longo prazo.

Qual produto te surpreendeu ao ler o rótulo? Compartilhe nos comentários abaixo!

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